Maria Manuel Santos, neurocirurgiã do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, liderou uma equipa em missão humanitária que realizou já este ano as primeiras neurocirurgias da história de São Tomé e Príncipe. A equipa multidisciplinar, constituída por cinco médicas de diferentes hospitais públicos e privados portugueses, esteve no arquipélago ao abrigo de uma missão promovida pelo Instituto Marquês de Valle Flor (IMVF), entre o final de Janeiro e o início de Fevereiro, período durante o qual operaram cinco crianças a hidrocefalias e mielomeningocelos (espinha bífida aberta). Agora, o objetivo é regressar todos os anos.
“São Tomé e Príncipe tem grande parte da sua estrutura de saúde dependente de missões humanitárias e ainda não tem nenhum neurocirurgião. Nesse sentido, fui contactada por uma anestesiologista portuguesa, Joana Figueiredo, que já tinha integrado uma missão do Instituto Valle Flor a este arquipélago e à Guiné, precisamente com o objetivo de realizar as primeiras neurocirurgias no país”, conta Maria Manuel Santos.
A médica do CHULN liderou uma equipa constituída por outra neurocirurgiã, duas anestesiologistas e uma intensivista pediátrica, todas de hospitais diferentes. O equipamento foi todo levado de Portugal, resultado de mecenato e da rápida mobilização junto de empresas. E o balanço final não podia ser mais positivo. “São Tomé e Príncipe quer muito desenvolver a Neurocirurgia no país e receberam-nos de braços abertos. Houve uma boa preparação das crianças para as cirurgias e continuamos a receber reportes diários muito positivos”, revela a especialista do CHULN.
O objetivo é tornar estas visitas anuais, o que permitirá resolver os casos de crianças que todos os anos nascem com hidrocefalias e mielomeningocelos em São Tomé em Príncipe, país com cerca de 220 mil habitantes. Além da parte clínica, a equipa pretende também contar com profissionais de enfermagem na próxima missão.
Esta não foi a primeira experiência de Maria Manuel Santos num projeto humanitário. Terminado o internato no CHULN, no final de 2015, teve logo uma experiência de trabalho de um ano na Tanzânia, ao abrigo de uma bolsa do Programa de Neurocirurgia da Universidade de Cornell, em Nova Iorque. “Um ano fraturante” na sua vida, assume, “de tão insignificantes que nos sentimos”. Pouco tempo depois, já integrada no Serviço de Neurocirurgia do CHULN, voltou a África, desta vez a Moçambique, numa missão de uma semana. Missões num continente que, garante, vão continuar.
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