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O Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte foi o primeiro hospital português e um dos primeiros da Península Ibérica a realizar uma técnica inovadora de neuromodulação medular, procedimento introduzido no CHULN nas últimas semanas pela equipa da Unidade Multidisciplinar de Dor, dirigida pelo Serviço de Anestesiologia. Este novo dispositivo, usado para tratar várias patologias que causam dor crónica, torna o tratamento mais eficaz e menos desconfortável para o doente.
A neuromodulação medular consiste na introdução de elétrodos no espaço epidural da coluna vertebral, conectados a um gerador implantado e programável. O tratamento consiste na geração de corrente elétrica que é transmitida à medula espinhal, com o objetivo de alterar as correntes elétricas que transmitem a dor da sua origem até ao cérebro, diminuindo ou mesmo fazendo cessar essas sensações.
As alterações na postura do doente ao longo do dia podem, no entanto, alterar a distância entre os elétrodos e a medula, o que origina sub-estimulação (com perda de eficácia) ou sobre estimulação (com sensações desagradáveis para o doente). O novo mecanismo agora introduzido no CHULN vem minimizar esta limitação da técnica, através de um sistema de regulação automática.
Ao enviar um sinal elétrico cerca de 50x/segundo e ao medir a sua intensidade noutro ponto, o dispositivo permite aferir e adaptar a transmissão do impulso terapêutico em tempo real, tornando a neuromodulação mais eficaz e confortável para o doente.
A técnica de neuromodulação tem eficácia em problemas como o síndrome da coluna falhada, o síndrome doloroso regional complexo, a neuropatia periférica dolorosa (como a diabética), assim como a dor do membro fantasma ou a dor isquémica dos membros.
