Uma delegação de médicos e professores do Hospital Central de Maputo e da Faculdade de Medicina da Universidade Eduardo Mondlane, de Moçambique, visitaram esta semana o campus do Hospital de Santa Maria, onde conheceram de perto várias das valências do Centro Académico de Medicina de Lisboa (CAML). A comitiva, da qual fizeram parte os diretores do Hospital Central e da Faculdade de Medicina de Maputo, recebeu do presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde de Santa Maria (ULSSM), Carlos das Neves Martins, a garantia do aprofundamento de relações bilaterais históricas com Moçambique nas áreas assistenciais e da formação a profissionais de saúde.
No seguimento de um acordo de cooperação assinado em 2016, equipas do então Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte deslocaram-se a Moçambique, onde realizaram cirurgias e deram formação a profissionais locais em especialidades como a Neurocirurgia Pediátrica e a Cirurgia Ginecológica. É ainda de destacar o acolhimento de profissionais moçambicanos para upgrade técnico nos serviços da ULS Santa Maria, de que são exemplos a Pneumologia ou a Gastroenterologia, com tradição nessa área. Uma relação que pode agora conhecer um novo capítulo.
“Deixamos o desafio para que Moçambique seja o primeiro País de Língua Oficial Portuguesa a entrar na nossa nova estratégia de cooperação, naturalmente através do Hospital Central de Maputo”, afirmou Carlos das Neves Martins durante a receção à comitiva de cinco especialistas de Moçambique, que teve lugar no dia 21 de Fevereiro no Hospital de Santa Maria. “Sublinhamos a nossa total disponibilidade para colaboração em relações bilaterais, lado a lado, seja com o envio planeado das nossas equipas a Maputo, seja no acolhimento de profissionais moçambicanos nos nossos serviços. Mas também nas áreas da investigação ou ainda da formação a internos ou jovens especialistas, onde podemos aprofundar o que tem vindo a ser feito nos últimos anos, agora ainda com mais capacidade tecnológica no âmbito do CAML, nomeadamente com o centro de simulação do Centro Tecnológico Reynaldo dos Santos, da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa”.
Mousinho Saíde, Diretor do Hospital Central de Maputo, garantiu também total disponibilidade para aprofundar a colaboração com a ULS de Santa Maria, “unidade de referência na formação de médicos e enfermeiros, mas também na prestação de cuidados aos doentes moçambicanos em Portugal”. Prestes a inaugurar um centro de investigação em parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade Eduardo Mondlane, e com ambições de criar um biobanco próprio, Mousinho Saíde sublinha que a parceria com Portugal e com o CAML “é primordial”.
Além do Diretor do Hospital Central de Maputo, da delegação moçambicana também fizeram parte Jahit Sacarlal, Diretor da Faculdade de Medicina da Universidade Eduardo Mondlane, Cesaltina Ferreira, Diretora do Programa Nacional do Cancro de Moçambique, Satish Tulsidás, Diretor do Serviço de Oncologia do Hospital Central de Maputo, e Carla Carrilho, Professora de Anatomia Patológica na Faculdade de Medicina da Universidade Eduardo Mondlane e coordenadora de vários projetos de investigação. Por parte do CAML estiveram ainda representados João Eurico da Fonseca, Diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, Maria do Carmo Fonseca, presidente do Instituto de Medicina Molecular – João Lobo Antunes, e Luís Costa, Diretor do Departamento de Oncologia da ULSSM e do Centro de Investigação Clínica do CAML.
Um dos grandes objetivos da visita ao campus de Santa Maria, apoiada pela Fundação Calouste Gulbenkian no âmbito das suas parcerias com o continente africano, foi precisamente o de conhecer os parceiros e as atividades a decorrer na área da Oncologia e investigação clínica, para perspetivar ou reforçar colaborações. Só na área da Oncologia, o CIC tem a decorrer 74 ensaios clínicos, destacou Luís Costa durante uma visita ao Centro de Investigação e às instalações do Start, o primeiro centro para ensaios de fase 1 em Portugal.
“As possibilidades de interação são não só assistenciais, mas também de formação e de investigação”, reforçou o diretor do Departamento de Oncologia, que é também investigador principal no iMM, onde teve oportunidade de mostrar o trabalho desenvolvido pelos investigadores no laboratório com o seu nome, na área da Oncobiologia Translacional.
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