App my Santa Maria
O Serviço de Gastrenterologia da ULS Santa Maria realizou já cerca de 250 procedimentos de disseção endoscópica da submucosa (ESD), uma técnica inovadora introduzida em 2020 na ULSSM e que permite o tratamento de tumores de forma minimamente invasiva, com elevada taxa de sucesso e reduzida taxa de morbimortalidade.
Na véspera do Dia Nacional do Cancro Digestivo, que se assinala nesta terça-feira, 30 de Setembro, a equipa multidisciplinar da ULSSM realizou mais um procedimento na Unidade de Técnicas de Gastrenterologia do Hospital de Santa Maria. Um tratamento altamente especializado a um doente com cancro gástrico precoce de 6 cm, que além do papel diferenciado dos Gastrenterologistas Miguel Moura e Ana Craciun– a quem se junta ainda na equipa a especialista Juliana Serrazina -, contou também com a intervenção fundamental da Anestesiologia e equipa de enfermagem.

“Esta técnica é realizada através de endoscopia e preserva o órgão, neste caso o estômago, resultando em melhor qualidade de vida comparando com a cirurgia convencional. Reflete-se em altas mais precoces, com internamentos de 24 horas, podendo mesmo, em casos selecionados, ser realizada em regime de ambulatório”, explicou Miguel Moura durante o procedimento do doente encaminhado dos Açores.
A equipa da ULS Santa Maria dá apoio a hospitais de Lisboa, Sul e Ilhas, constituindo-se já como uma unidade de formação nesta área, que capta cada vez mais interesse de internos. Miguel Moura, precursor da técnica em Santa Maria, em julho de 2020, destaca ainda as elevadas taxas de eficácia da disseção da submucosa. “Os nossos resultados revelam um sucesso técnico de aproximadamente 95% e sucesso clínico, ou seja, a cura sem necessidade de cirurgia adicional, superior a 85%, resultado de uma seleção criteriosa dos casos, destacando o papel da multidisciplinaridade com a Cirurgia Geral, Gastrenterologia, Oncologia Médica, Imagiologia, Anatomia Patológica e Radiologia”.

Para estes resultados contribuem a inovação dos tratamentos, a diferenciação das equipas da ULSSM e uma eficiente vigilância em doentes com risco de neoplasia.
