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O Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental da Infância e da Adolescência (SPSMIA) da ULS Santa Maria deu início nesta quinta-feira, 6 de novembro, à conferência “Quantos tempos tem o tempo”, o 1º Encontro organizado pelo Serviço e que ilustra a sua importância clínica e científica no contexto da ULSSM e do país.
Um dado sublinhado pela diretora do SPSMIA na abertura do Encontro, onde fez uma retrospetiva da evolução da unidade que dirige. Teresa Goldschmidt destacou a forte evolução do Serviço na última década, período em que se registou a aposta ganha da sua transferência para o Hospital Pulido Valente, tornando-se nos últimos anos aquela que é hoje uma reconhecida referência nacional.
Também as consultas de especialidade e a Unidade Psiquiátrica Integrada para Adolescentes (UPIA), assim como a expansão para a região Oeste, com respostas em proximidade em Mafra e nas Caldas da Rainha, são exemplos de um progresso recente da pedopsiquiatria da ULSSM.
Prolongando-se até ao dia 7 de novembro, no auditório João Proença, no Lumiar, o programa aborda os principais desafios de todas as fases de desenvolvimento da criança e do adolescente, desde que nasce até à transição para a fase adulta, numa sociedade em constante mudança.
Ana Isabel Lopes, diretora clínica da ULSSM, valorizou o trabalho de excelência desenvolvido pela equipa de Pedopsiquiatria e enalteceu o tema escolhido para este encontro. “Sob o signo inspirador do tempo, este programa é valorizado por um conjunto de notáveis e diversificados preletores de todo o país, de diversas áreas e disciplinas, da terapia, à sociedade e à arte, em que temos o privilégio de assistir e partilhar temas de vanguarda e emergentes da atualidade”.
Um programa que reflete, sobretudo, a transdisciplinaridade, numa consciencialização de que a criança, nas suas diferentes fases de desenvolvimento tem envolvidas de forma intrínseca a família, a escola e a comunidade em geral.
Com um panorama de futuro desafiante, em que se destaca uma evolução demográfica complexa, o Coordenador Nacional para as Políticas de Saúde Mental deixou uma mensagem de confiança às equipas, na continuação do já desenvolvido trabalho em rede.
Para Miguel Xavier, a aposta deve incidir nas equipas comunitárias, que envolvem as diferentes áreas multidisciplinares, como as assistentes sociais, reabilitação, psicólogos, entre outras. “Há um ganho com esta visão integrada dos cuidados. É um património em que temos que apostar”.
Atuar nesta área, com incidências a aumentar a cada dia, tendo como determinantes as mudanças sociais, económicas e a evolução do mundo digital, constitui um desafio que só uma visão integrada e humanizada da Saúde poderá combater.