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Quando uma criança ou adolescente chega ao serviço de urgência apresenta-se muitas vezes com dor e/ou ansiedade, provocados pela sua lesão ou trauma. Como proceder de acordo com cada caso específico?
A 6ª edição do Curso Analgesia e Sedação na Urgência de Pediatria, que decorreu nesta terça feira, levado a cabo pela Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos em colaboração com a equipa da Urgência de Pediatria e o Serviço de Anestesiologia da ULSSM, com o apoio do Centro de Formação da ULS Santa Maria, pretendeu responder a esta e a outras questões.
Depois de uma manhã de teoria, a tarde foi passada nas várias Salas do Serviço de Cirurgia Experimental, no piso 9 do Hospital de Santa Maria, onde se abordaram casos clínicos e exercícios práticos destinados aos 20 participantes.
Médicos especialistas, internos de formação especializada na área de Pediatria e Anestesiologia e enfermeiros procuram cada vez mais esta formação: “Nos últimos anos, tem havido uma procura generalizada pelos profissionais dos serviços de urgência pelo Curso. Há uma maior preocupação em garantir que a dor na pediatria é bem tratada e valorizada”, reconhece a Pediatra Leonor Boto, que, em conjunto com Erica Torres, coordenadora da Urgência Pediátrica, desenharam o programa.
Um dos aspetos focados é o reconhecimento das situações que causam dor e ansiedade na criança. E consoante o caso, nem sempre é necessária a utilização de fármacos. Neste ponto, esta área regista uma forte evolução. “A tendência atual é os pediatras aumentarem a sua autonomia nas situações de menor risco, combinando terapêutica farmacológica com medidas não farmacológicas”, de acordo com a clínica.
É fundamental a avaliação da dor, recorrendo a escalas adequadas a cada grupo etário. “Mesmo nos mais novos, com a ajuda dos pais e perante a análise de comportamentos ou alterações fisiológicas, é possível reconhecer o grau de dor numa criança”.