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A propósito do Dia da Sensibilização para o Cancro da Tiróide, que hoje se assinala, a equipa multidisciplinar de abordagem a esta doença na ULS Santa Maria aproveitou a sua reunião semanal, onde se define o plano de tratamento e acompanhamento dos doentes, para sublinhar mensagens importantes nesta área.
Estes tumores não são frequentes e representam apenas 1 a 2 por cento de todos os diagnósticos de cancro, sendo, no entanto, o tumor endócrino mais comum.
Endocrinologistas, Cirurgiões Endócrinos e Anatomopatologistas fazem parte do grupo de profissionais dedicados a estas neoplasias. Como sinais de alerta, Rita Santos, especialista em oncologia tiroideia do Serviço de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo da ULSSM, adianta que “manifesta-se como um nódulo tiroideu, geralmente indolor e frequentemente não notado pelo doente, mas sim detetado em exames de imagens efetuados na região cervical”.
Apesar de os nódulos tiroideus serem bastante comuns, a grande maioria são benignos e apenas necessitam de vigilância. “Apenas uma minoria dos nódulos tiroideus correspondem a neoplasias da tiroide”.
O diagnóstico de cancro da tiróide envolve uma combinação de exames tais como uma ecografia da tiróide para deteção de nódulos suspeitos e, quando necessário, uma punção aspirativa para avaliação da presença de células malignas. Também são habitualmente efetuadas análises hormonais e, em casos selecionados, TAC cervical.
As neoplasias da tiróide podem apresentar diferentes subtipos histológicos, sendo o carcinoma papilar o mais frequente (cerca de 85% dos casos). São habitualmente tumores de evolução lenta e de bom prognóstico.
O tratamento é cirúrgico e em casos indicados pode ser necessária uma terapêutica com iodo radioativo.