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Hospital de Repouso de Lisboa; Sanatório D. Carlos I; Sanatório Popular de Lisboa; Centro Sanatorial do Lumiar; Hospital Pulido Valente.
São muitos os nomes já atribuídos à unidade construída há mais de um século por ordem da Rainha D. Amélia para tratamento da Tuberculose, verdadeiras janelas para a história da cidade e da mudança de regime no país. Mas tão importantes como estes títulos são os nomes de todos aqueles que trabalharam e são a alma do hospital a que carinhosamente chamamos de HPV.
A Unidade Local de Saúde de Santa Maria realizou nesta quinta-feira, 23 de Outubro, uma cerimónia de homenagem a 80 destas figuras que marcaram a história de meio século de vida do Hospital Pulido Valente. Personalidades de várias carreiras que representam todas as equipas que dedicaram todo o seu saber e dedicação à prestação dos melhores cuidados aos nossos doentes e ao ensino de novas gerações de profissionais de saúde.
“Hoje voltamos a ter memória institucional no momento mais alto das comemorações dos 50 anos do Hospital Pulido Valente”, começou por destacar o Presidente da ULSSM, Carlos das Neves Martins, no discurso que inaugurou a sessão solene de entrega de medalhas a antigos profissionais. “Memória ao homenagearmos profissionais que deram o melhor de si e que construíram diariamente o HPV e ao honrarmos as gerações que os antecederam”.
Gerações que desenvolveram o nosso hospital e que incluíram grandes mestres da Medicina, como o Professor Ramiro Ávila, que agora dá nome ao prémio que resulta de uma parceria entre a ULSSM e a Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar; mas também os voluntários da Liga dos Amigos do Hospital Pulido Valente ou entidades como a Fundação Pulido Valente, companheiros de todas as horas neste caminho partilhado e que mereceram também uma homenagem na cerimónia desta quinta-feira, realizada no auditório do Instituto do Sangue e Transplantação, no Parque Pulido Valente.
“Este é um hospital com passado mas também com futuro, como provámos em 2016, com a criação nesta área de um novo parque de saúde da cidade, com novos serviços que vão desde cuidados primários a novas camas de cuidados continuados”, sublinhou ainda Carlos das Neves Martins. “O HPV continuará a ter um futuro com crescimento e desenvolvimento, onde se destaca a aquisição do Edifício Ramiro Ávila e a sua devolução ao Serviço Nacional de Saúde”.
Com uma carreira profissional intimamente ligada ao Hospital Pulido Valente, Carla Ribeiro, atual Enfermeira Diretora da ULS Santa Maria, reforçou a ideia que o Pulido Valente não é apenas memória. “É exemplo. É inspiração. É prova de que as instituições só fazem sentido quando colocam as pessoas no centro da sua missão. Que assim continue, no futuro desta ULS e no futuro da saúde em Portugal”.
Além das intervenções do Diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, João Eurico da Fonseca, que destacou o papel do HPV no ensino de várias gerações de profissionais, e da Presidente da Liga dos Amigos, Maria Jorge Nogueira da Rocha, entidade que há 33 anos apoia de forma muito próxima os nossos doentes e equipas, a sessão contou ainda com uma palestra sobre a história centenária da unidade.
Pneumologista e imunoalergologista, antigo Diretor dos serviços de Urgência Pneumológica, da Pneumologia 2 e do Departamento de Pneumologia do Pulido Valente, Jaime Pina foi o guia nesta viagem pela história do último século do país, em que enalteceu os resultados de excelência do Hospital nas suas áreas de eleição.
Com esta justa homenagem, num muito simbólico e grande abraço fraterno, a ULSSM agradece a todos os que mantiveram sempre viva a cultura de proximidade, de cuidado e de dedicação que marcam a família Pulido Valente. Nunca serão esquecidos.