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O Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental da ULS Santa Maria, em colaboração com a Associação Europeia da Depressão e a Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental, organizou nesta segunda feira, pelo 16º ano consecutivo, um encontro científico para assinalar o Dia Europeu da Depressão, desta vez com o tema “A Depressão num mundo em mudança e o ciclo de vida”.
A depressão é uma doença com forte impacto em termos sociais, independentemente de género, classe ou idade: constitui a principal causa de incapacidade entre os jovens entre os 15 e os 24 anos de idade, sendo que 46% dos adolescentes portugueses apresentam sintomas depressivos e que o suicídio é a segunda causa de morte entre os 15 e os 29 anos; ao mesmo tempo, num contexto de acentuado envelhecimento da população, uma em cada três pessoas com idade sénior apresenta sintomas de depressão.
Em representação do Conselho de Administração nesta reunião, a Diretora Clínica dos Cuidados Hospitalares da ULSSM, Ana Isabel Lopes, salienta que “abordar a depressão é uma prioridade máxima de saúde pública e que temos que estar todos envolvidos e empenhados de forma integrada”.
Sensibilizar para uma melhor compreensão do impacto na vida das pessoas com depressão, reduzir o estigma e a descriminação que lhe estão associadas e prevenir para um aumento de implementação e aposta nos cuidados de saúde e desenvolvimento de políticas específicas para esta área, é o objetivo da reunião, adianta Luís Câmara Pestana, diretor do Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental da ULSSM.
Para lidar com os desafios da depressão em qualquer dos ciclos de vida, desde a infância à adolescência e à idade sénior, num ponto todos os palestrantes convergem – é essencial trabalhar com equipas multidisciplinares: pedopsiquiatras, psiquiatras, psicólogos, enfermeiros e todos os técnicos de saúde, não esquecendo a família e os amigos, que são, muitas vezes, os primeiros a serem confrontados com esta realidade e a alertarem para a necessidade de procurar ajuda profissional.