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Depois de uma cirurgia rara que lhe salvou a vida e de um internamento de quase um mês no Hospital de Santa Maria, o seu refúgio nas primeiras semanas de vida, o Simão teve hoje alta e já vai poder dormir na sua casa. No dia 27 de Julho, uma equipa de cerca de vinte médicos e enfermeiros do CHULN teve apenas meia hora para salvar Simão, um bebé que não ia conseguir respirar sozinho devido a um tumor cervical, uma massa sólida de 7 centímetros por 6 centímetros, que lhe obstruía as vias aéreas.
“Disseram-me que ele tinha 1% de chance de sobreviver, mas que a cabeça e os outros órgãos estavam bem e não iam desistir do meu filho”, recorda Célia Sequeira, a Mãe do Simão. Os profissionais do CHULN nunca desistem e hoje o Simão, “cada dia mais saudável”, tem alta e vai poder conhecer os irmãos. “É como se o Simão voltasse a nascer”, acrescenta o pai, André Lopes.
Houve quem interrompesse as férias e quem as adiasse, quem tenha prolongado um turno no hospital muito depois de ter terminado, recorda André. Duas dezenas de profissionais de várias especialidades do CHULN – da Obstetrícia, da Cirurgia Pediátrica, Neonatologia, Anestesiologia, Enfermeiras Especialistas, otorrinolaringologistas, pneumologistas – realizaram, nesse final de Julho, o procedimento raro que salvou o Simão, uma operação só possível num hospital de fim de linha com todas as especialidades integradas.
Esta foi a terceira vez que o Exit foi realizado no Hospital de Santa Maria. O bebé tem de ser intubado — para ser ventilado assim que nasce – durante a cesariana, ainda ligado à mãe pela placenta, de forma a garantir que tem acesso a oxigénio. Só depois é retirado por completo da barriga da mãe e é cortado o cordão umbilical. Depois disso, o Simão ficou aos cuidados da equipa da Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos, antes de passar para o internamento de Cirurgia Pediátrica.
André Lopes não esquece o empenho dos muitos profissionais do CHULN que acompanharam o filho, “verdadeiros anjos sem asas”. “Ainda hoje recebemos mensagens de profissionais e encontro pessoas no Hospital que não conheço e me dizem que ajudaram durante o procedimento”. Uma ligação forte que se vai manter, já que o Simão continuará a ser acompanhado em consultas periódicas no Hospital de Santa Maria.
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