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O Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde de Santa Maria, (ULSSM), vai reabrir o processo de reorganização e requalificação do Departamento de Coração e Vasos da Unidade do Hospital Universitário de Santa Maria.
A boa nova foi anunciada pelo Presidente do Conselho de Administração da ULSSM, Carlos das Neves Martins, na cerimónia de abertura do XIV Congresso que decorreu em Óbidos sob o lema “Novas Fronteiras em Medicina Cardiovascular”.
“ É preciso encontrar os meios necessários”, também com a ajuda do PRR, “com parcerias internas e externas, mas o que é inevitável é que a requalificação se faça em ritmo e não com paragens temporais que podem prejudicar”, comentou Carlos Martins no seu discurso, para logo acrescentar que é intenção deste conselho reunir em breve com o departamento, “para definir um plano de trabalho – de requalificação do departamento – que deverá estar concluído no final do próximo ano”.
“Acarinhar projetos inovadores na prestação de cuidados em proximidade, no hospital Universitário Santa Maria e Hospital Pulido Valente, na investigação e formação” por forma a atrair os melhores profissionais é um dos desígnios do Conselho, garantiu Carlos Martins, chamando a atenção para uma questão que considera primordial que é a atração de novos profissionais e a sua satisfação.
“A estratégia em investimentos, obras, equipamentos ou imobiliário pode ser a melhor do mundo, mas se não tiver atores para a corporizar com dinamismo e ambição não passará de letra morta”, disse.
Na sua alocução inicial, Fausto Pinto, diretor do Departamento do Coração e Vasos, saudou e agradeceu a presença de Carlos das Neves Martins, acrescentando estar confiante de que o novo Presidente do Conselho de administração “levará a bom porto a requalificação da nossa unidade que será um contributo significativo para o sistema de saúde em Portugal”.
O presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, Helder Pereira, também discursou na abertura do congresso, aproveitando para chamar a atenção para a desigualdade territorial no acesso a cuidados cardiovasculares, lembrando que inda há muitos hospitais do país sem serviços de cardiologia.
Mesmo em período de pandemia, o Departamento de Coração e Vasos da ULS Santa Maria nunca deixou de dar resposta aos utentes da sua área de referência, aumentando anualmente o número de consultas, de cirurgias, de sessões de hospital de dia aos utentes que sofrem de doenças cardiovasculares.
É pioneiro num projeto de cuidados paliativos domiciliários a pessoas com insuficiência cardíaca e tem neste momento a decorrer mais de cem estudos de investigação clínica.
Durante os três dias de trabalho, o Congresso “Novas Fronteiras em Medicina Cardiovascular” debateu temas como a insuficiência cardíaca, a hipertensão pulmonar, a cardiologia de intervenção, a cardiologia vascular, a doença coronária e muitas outras doenças do foro das patologias cardiovasculares.
É o decimo quarto ano em que o encontro decorre, e destina-se sobretudo aos profissionais de saúde que lidam diariamente com a doença cardiovascular. Ainda assim, contou com a participação de internistas, cirurgiões, intensivistas e médicos de família, não fossem as doenças cardiovasculares uma das principais causas de morte e de morbilidade em Portugal e na Europa.