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A Equipa de Apoio Psicossocial (EAPS) da Unidade Local de Saúde de Santa Maria, projeto financiado pela Fundação “la Caixa”, realizou perto de 20 mil consultas de seguimento a doentes, mais de 8 mil consultas de seguimento a familiares e três mil apoios no luto desde que iniciou atividade assistencial, em 2019. Cinco anos de articulação com vários serviços da ULSSM, com destaque para a Unidade de Medicina Paliativa, o Hospital de Dia de Oncologia e a Unidade de Sono e Ventilação Não-Invasiva/Serviço de Pneumologia. Resposta agora alargada ao exterior, com o apoio a estruturas residenciais para pessoas idosas, nomeadamente com Instituições com protocolo estabelecido com a ULSSM, nas chamadas camas de proximidade.
A EAPS-ULSSM assinalou os seus cinco anos de atividade com a realização, na semana passada, do seu primeiro Encontro. Uma reunião que juntou parceiros e voluntários, numa manhã de partilha de experiências e testemunhos emocionados. Porque de emoções, mais do que de números frios, se falou nesta sessão de reflexão sobre o trabalho da equipa, que contou na abertura com as presenças do Diretor Clínico para os Cuidados Hospitalares, Rui Tato Marinho, e da Enfermeira Diretora da ULSSM, Carla Ribeiro.
Maria João Pinheiro, da Fundação “la Caixa”, abriu a conferência com o retrato do Programa de Apoio Integral a Pessoas com Doenças Avançadas – Programa Humaniza, introdução para a apresentação da EAPS de Santa Maria, coordenada por Alexandra Ramos Cortês e que conta na equipa com mais três psicólogos e duas assistentes sociais. Projeto que tem como principal objetivo prestar “apoio integral a equipas de profissionais que complementam os cuidados de saúde a pessoas com doenças avançadas através de uma intervenção psicossocial e espiritual”.
Em 2022, o Programa alargou a sua atuação a estruturas residenciais para pessoas idosas (ERPIs) e, em 2024, a EAPS-ULSSM estendeu a sua linha de cuidados psicossociais a pessoas com doenças crónicas avançadas que se encontram internadas nas camas de proximidade da ULSSM.
Um apoio elogiado pelos serviços hospitalares que mais diretamente trabalham com a equipa. Filipa Tavares, coordenadora da Unidade de Medicina Paliativa, e as Enfermeiras Amélia Matos, da mesma unidade e adjunta da Direção de Enfermagem, Dulce Oliveira, do Hospital de Dia de Oncologia, e Carla Tapada, da Unidade de Sono e Ventilação Não-Invasiva, deram testemunho da importância do trabalho da EAPS junto dos doentes, familiares e até dos profissionais, também estes, alvo de suporte nestas áreas de forte impacto emocional.
E quando questionadas sobre a importância do alargamento do projeto a mais serviços da ULSSM, a resposta é rápida e unânime: a EAPS dá já uma resposta insubstituível e os seus cuidados devem chegar a todos os que deles necessitam.