Processo Clínico Eletrónico_OLD

Ficha de Projeto | SAMA2020 | Operação nº 12276 | Processo Clínico Eletrónico

 

Designação do Projeto | PCE – Processo Clínico Eletrónico

Código do Projeto | POCI-02-0550-FEDER-012276

Objetivo principal | Melhorar o acesso às tecnologias da informação e da comunicação, bem como a sua utilização e qualidade

Região de intervenção | Lisboa

Entidade beneficiária | CENTRO HOSPITALAR LISBOA NORTE EPE

Data de aprovação | 2016-01-18

Data de início | 2015-06-01

Data de conclusão | 2017-12-31

Custo total elegível | 2.999.656,74€

Apoio financeiro da União Europeia | 1.708.304,51€

 

Objetivos

A operação concorre para a prossecução dos seguintes objetivos e prioridades: Reduzir os custos de contexto através do reforço da disponibilidade e fomento da utilização de serviços em rede da Administração Pública e melhorar a sua eficiência.

 

Principais atividades

Prestação de cuidados médicos em mobilidade (M-Health) – implementação do Processo Clínico Eletrónico em todos os serviços do CHLN

Laboratórios Clínicos Desmaterializados – revisão dos processos e fluxos de informação, permitindo otimizar os recursos e reduzir os seus custos. Com esta iniciativa pretende-se integrar todos os processos, equipamentos e aplicações para que se comportem como um sistema único, integrado e digital.

Informatização dos blocos operatórios – informatização dos 10 Blocos Operatórios (Queimados UCI, Queimados/Cirurgia Plástica, Otorrinolaringologia, Obstetrícia, Angiologia/Cirurgia Vascular, Oftalmologia, Ginecologia, Broncologia, Urologia e Recobro Central) através da implementação de uma solução informática, permitindo, desta forma, que os registos referentes à anestesia seja efetuado informaticamente

Segurança da Informação – O CHLN pretende promover uma abordagem faseada, que assegure o funcionamento e operacionalidade do processo clínico eletrónico, em alinhamento com o definido no plano sectorial GPTIC para a saúde:

• Auditoria e avaliação da segurança da informação nos sistemas já implementados, com recurso à validação dos controlos contemplados nas boas práticas

• Consultoria e elaboração das políticas e procedimentos a implementar e definição dos controlos relevantes para o CHLN

• Implementação de um conjunto de medidas de segurança – Disaster Recovery, Business Continuity Plan e a Política de Backups, para salvaguarda da informação mais crítica

 

Resultados esperados / atingidos

À data de 30 de junho de 2017, o projeto apresenta uma taxa de execução de cerca de 65%, encontram-se concluídos os seguintes projetos:

– Implementação do processo clínico eletrónico em 43 serviços

– Renovação da de equipamentos – PCs para equipas médicas, rede wireless, bastidores, switchs, entre outros

– Implementação das medidas de segurança relativas à capacidade de armazenamento de informação e política de backups

 

Resultados esperados com a candidatura

Trata-se de um investimento de 3 milhões que vai render ao Estado 12 milhões. No quadro seguinte sistematizam-se os valores previstos de poupanças anuais:

 

Potencial ganho nos atos de registo clínicos e prescrições

Atualmente os profissionais de saúde do CHLN despendem vários minutos no registo de atos clínicos no sistema informático que poderá ser minimizado. Com o Desktop Médico Mobile os atos clínicos ou registo de prescrições passam a ser realizados via aplicação, minimizando o tempo despendido a registar em papel e posteriormente no sistema.

 

Pressupostos:
  • Ganho de 1 minuto por utilização do Desktop Médico Mobile na Nova Prescrição;
  • Ganho de 30 segundos por utilização do Desktop Médico Mobile na Consulta Externa;
  • Ganho de 5 minutos por utilização do device movél (tablet) na realização da consulta à cabeceira do doente;
  • Custo Médio Anual Bruto/Pessoal médico por ETC: 36.799,40€; Custo Médio Hora Anual/Pessoal médico por ETC: 17,69€/hora;
  • Todos os atos acima descritos são relativos aos registos efetuados pelos médicos.

 

Potencial ganho por redução de reinternamentos

Estima-se que haverá uma redução do número de reinternamentos devido a um melhor diagnóstico e tratamento dos utentes por utilização do Desktop Médico Mobile (sistema integrado de informação clínica). Consequentemente, o centro hospitalar irá incorrer em menos custos com o internamento dos utentes. O potencial ganho para o CHLN será de, aproximadamente, 672 mil euros.

 

Potencial ganho por desmaterialização dos blocos operatórios

 

Pressupostos:
  • Ganho de 30 Minutos por cada cirurgia, pela integração dos dados entre os vários sistemas nas diversas fases do processo (consulta de anestesia e bloco);
  • Custo Médio Anual Bruto/Pessoal médico por ETC: 36.799,40€; Custo Médio Hora Anual/Pessoal médico por ETC: 17,69€/hora;
  • Assumimos que os atos de registo no bloco operatório são efetuados pelos médicos.

 

Potencial ganho pela redução da taxa de absentismo dos utentes

Com a presente iniciativa, nomeadamente com a implementação de uma otimização dos processos de gestão integrada do utente, estima-se uma redução substancial da taxa de absentismo a atos clínicos marcados (consultas). O potencial de redução do número de interações presenciais com os Cidadãos em resultado da presente iniciativa estima-se que seja de 7%. Esta redução representa uma diminuição de cerca de 47.283 consultas/ano, equivalente à seguinte poupança anual:

 

Condicionantes no cálculo do valor do potencial ganho:
  • Segundo o Contrato-Programa da ACSS para 2013, os contratos programa dos hospitais não podem dar origem a proveitos superiores ao valor estabelecido no contrato como contrapartida da produção contratada. Ou seja, a remuneração da atividade contratada é limitada ao valor máximo estabelecido em sede de contrato-programa – princípio de orçamento-global.
  • Neste sentido, assume-se como pressuposto que o valor contratualizado não é alcançado e, como tal, existe uma perda financeira do CHLN pela não comparência dos utentes às consultas externas. Esta perda traduzir-se-á num potencial ganho pela otimização dos processos de gestão integrada do utente.

 

Potencial ganho por desmaterialização do processo clínico

 

Pressupostos:
  • Ganho de 18 horas por utilização do Desktop Médico Mobile dado que todo o processo clínico está desmaterializado e acessível em tempo real por qualquer médico;
  • Considerando que existem 15 recursos humanos afetos a atividade arquivística;
  • Considerando que apenas 1 recursos fica afeto à pesquisa de cada processo clínico;
  • Embora o tempo de entrega do processo ao administrativo demore em média 18 horas, o tempo médio de pesquisa do processo no arquivo corresponde a 45 minutos (tempo equivalente à pesquisa e entrega dos processos urgentes);
  • Custo médio hora/pessoal administrativo (arquivo): 4,80€.

 

Ponto de Situação do Desenvolvimento das Iniciativas

O desenvolvimento das iniciativas está a decorrer como previsto, apresentando o CHLN, à data de 31 de Janeiro, uma taxa de execução de cerca de 70%.

O ritmo de implementação não foi tão célere como inicialmente previsto, devido a constrangimentos nos processos aquisitivos e disponibilidade de recursos internos, tendo sido apresentado um pedido de prorrogação do prazo de conclusão do projeto para 31 de Dezembro de 2017 (a data inicialmente prevista era 31 de Maio de 2017).

O facto de alguns dos Serviços necessitar de obras e remodelações contribuiu igualmente para que o planeamento inicial não fosse cumprido.

Foram apresentados 3 pedidos de adiantamento contra fatura, um deles já se encontra concluído e o outro encontra-se em análise, que perfazem um total de 1.959.010,18€.

Relativamente às iniciativas propriamente ditas, foram concluídas em 2015, em 2016 e Janeiro de 2017 as seguintes atividades:

  • Implementação do EPR Multiplaforma em 43 serviços do CHLN (num total de 63 previstos);
  • Definição e implementação do plano contingência para o EPR Multiplaforma;
  • Remodelação e amplificação da rede informática para suportar a implementação do EPR Multiplaforma (expansão da solução core de rede – switching alta disponibilidade, aquisição de bastidores e servidores);
  • Renovação e reforço do parque informático afeto aos médicos, para otimização da utilização do EPR Multiplaforma, correspondente a cerca de 1.000 novos PCs;
  • Reforço parcial da rede wireless central e periférica no CHLN;
  • Implementação de uma nova solução de backups, no âmbito da redefinição da estratégia de segurança;
  • Reforço da capacidade de armazenamento da informação, inclusive informação clínica;
  • Implementação do software para Laboratório Neuropatologia;
  • Implementação de solução para os blocos operatórios (release 1);

 

Resultados alcançados (à data de 20 de Julho de 2017)

No que respeita a resultados alcançados, é de referir:

  • Formação a cerca de 60% dos médicos do CHLN, para utilização do novo EPR multiplataforma;
  • Implementação do EPR Multiplataforma nos 43 serviços permitiu maior facilidade de acesso, rapidez e incremento da qualidade de serviço;
  • Melhoria da performance da rede informática e capacidade de armazenamento de informação;
  • Redefinição da estratégia de segurança, permitindo a salvaguarda da informação mais crítica (grande parte dela contante no processo clínico eletrónico dos utentes). Neste sentido, o acesso aos dados clínicos pelos profissionais de saúde serão assegurados, garantindo uma melhoria no funcionamento das aplicações;
  • Desmaterialização do laboratório de Neuropatologia, em específico para a área de Anatomia Patológica, o que permitiu o acesso aos resultados de Anatomia Patológica via aplicação do médico mobile, validação automática de resultados de exames e registo em histórico no processo único do utente;
  • Informatização dos blocos que permitiu o acesso no bloco aos resultados clínicos da consulta de anestesia, possibilitando a diminuição do tempo de registo (em média de 30 minutos por cirurgia) e de erros de administração, integração em real time com os Cuidados Intensivos, acesso a Protocolos Anestésicos e de Procedimentos e possibilidade de extração de dados estatísticos para análise de gestão clínica.

 

Plano de Ação para 2017

O Plano de Acão para 2017 contempla a conclusão das seguintes atividades:

  • Implementação do EPR Multiplaforma em 20 serviços, atingindo-se a taxa de 100%, prevista;
  • Renovação do restante parque informático afeto aos médicos (estima-se a necessidade de cerca de 400 novos PCs)
  • Implementação do software para o laboratório de Neurologia;
  • Aquisição de hardware de suporte ao EPR Multiplaforma (tablets)
  • Remodelação e amplificação da rede informática para suportar a implementação do EPR Multiplaforma (aquisição de switchs, gibits, painéis, entre outros).
  • Implementação do Projeto de Auditoria à Segurança, acautelando assim as novas exigências ao nível da proteção de dados, imposta pelo novo Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD), que entrará em vigor em Maio de 2018.